quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PF prende governador, ex-governador e presidente de TCE do Amapá

- Por essas pessoas na minha cidade as Escolas Estaduais encontra-se em pessimas condições...
Operação Mãos Limpas deteve ao todo 18 pessoas investigadas por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, entre outros crimes; segundo investigações, governador Pedro Dias comandava grupo que superfaturava contratos e distribuía propinas . O mesmo esquema seria aplicado em outros órgãos públicos. A Polícia Federal identificou desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.

O ex-governador também é aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). noticia retirada do Estadão de São Paulo e outros Site...

Ao todo, a PF prendeu 18 pessoas com autorização do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, que preside o inquérito desde que as investigações, iniciadas em agosto de 2009, alcançaram a cúpula do Estado. O governo foi entregue ontem ao presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Amapá, o desembargador Dôglas Evangelista Ramos.

O terceiro na linha sucessória, o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Amanajás (PSDB), está impedido de assumir o Executivo porque concorre ao governo do Estado, mas também foi alvo de um mandado coercitivo - obrigado a acompanhar a PF, submetido a interrogatório e liberado em seguida.

A Operação Mãos Limpas detectou que, sob o comando do próprio governador Pedro Dias, que era vice de Waldez antes deste se desincompatibilizar para concorrer ao Senado, a máquina do Estado era dominada por uma quadrilha de altos funcionários que fraudavam 9 em cada 10 licitações, superfaturando os contratos, cobrando e distribuindo propinas abertamente. O acerto prévio na escolha de empresas era tão escancarado que uma única empresa de segurança e vigilância manteve "contrato emergencial" por três anos com a Secretaria de Educação do Estado. O valor da fatura mensal com a secretaria era de R$ 2,5 milhões. A PF mapeou pagamentos e tem provas de que o dinheiro era desviado para contas dos políticos e assessores do governo.

Todos os presos, por ordem do ministro Noronha, deveriam chegar na madrugada de hoje a Brasília. O governador Pedro Dias e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Júlio de Miranda Coelho, vão ficar nas celas da Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-governador do DF José Roberto Arruda ficou por dois meses.

Os outros 16 presos do Amapá vão para celas do presídio da Papuda. Depois de Arruda, o governador do Amapá foi o segundo a ser preso no exercício do cargo.

A ex-primeira dama Marília Brito Xavier Góes, que é delegada da Policia Civil, também foi presa. Na casa do presidente do TCE, Miranda Coelho, em João Pessoa (PB), a PF recolheu uma Ferrari, uma Maserati, duas Mercedes Benz e um Mini Cooper.

PF prende PF. O caso mais espetacular e um dos mais documentados da operação foi a prisão do secretário de Segurança do Amapá, Aldo Alves Ferreira. Foi preso em Brasília, às 4h50 de ontem, após desembarcar na capital para cumprir uma agenda que misturava assuntos particulares e audiência oficiais. Foi uma abordagem constrangedora porque agentes da PF deram voz de prisão a um secretário que é também delegado da própria Policia Federal. Pior: antes da prisão, em Brasília, já havia apreendido no gabinete dele, em Macapá, duas malas com R$ 540 mil.

A PF recolheu nas casas dos empresários, secretários, servidores públicos e assessores especiais do governo do Amapá mais de R$ 1 milhão em espécie - dinheiro recolhido em cofres particulares, gavetas e caixas -, que foi encontrado na execução dos mandados de busca e apreensão.

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